Despesas na área da saúde devem duplicar no Ceará.

Hospital do Cariri será parte da espinha dorsal do novo modelo (RAFAEL CAVALCANTE)
Quando Cid Gomes (PSB) assumiu a dianteira no movimento de governadores para criar mais um tributo para financiar a saúde, estava se antecipando ao problema que irá estourar em suas mãos em breve.  Tal problema tem um lado bom. Ótimo, aliás. A promessa contida nos discursos oficiais é sedutora. Até o começo deste ano, não havia sequer um hospital público estadual no Interior do Estado. Mas se anuncia que, em breve, o Ceará terá a melhor rede de saúde do Brasil. O que não faltam são investimentos para superar o caminho entre a retórica governamental e a realidade de quem precisa de atendimento nos hospitais e postos.Há 75 novas estruturas em planejamento, construção ou recém-inauguradas. O Hospital Regional do Cariri, no sul do Estado, já foi entregue. Ele é a primeira parte do que será a espinha dorsal da rede de saúde do Ceará. Esse pilar central será complement ado pelos hospitais regionais a serem construídos em Quixeramobim, no Sertão Central, em Sobral, na Zona Norte, e na Região Metropolitana de Fortaleza. Sem falar das mais de duas dezenas de policlínicas, centros de especialidades odontológicas unidades de pronto atendimento. A dificuldade de financiamento já é realidade mesmo com a minguada e concentrada rede existente. Segundo os controversos números do Ministério da Saúde, o Ceará integra o nada honroso grupo de sete estados que nem sequer cumprem a determinação constitucional de aplicar 12% das receitas em saúde.Para quem precisa de atendimento, as perspectivas são animadoras. Mais que obras isoladas, há o projeto de todo um modelo planejado e articulado para a saúde estadual. Mas aí se volta ao problema mencionado no início deste texto: não há dinheiro para pagar a conta da expansão. (O POVO/AVSQ).