CPI das Pirâmides Financeiras aprova quebra do sigilo bancário de Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou a quebra do sigilo bancário dos atores Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas, que fizeram publicidade à empresa Atlas Quantum. O sigilo será quebrado no período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2019. A companhia, que utilizava criptomoedas, lesou clientes em R$ 2 bilhões e encerrou suas atividades em 2019. Em requerimento aprovado na terça, 22, a CPI também decidiu quebrar o sigilo da Atlas Quantum.

Os atores, chamados para depor neste mês, não compareceram à comissão, amparados por habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) é necessário investigar se eles receberam algum valor após a empresa encerrar suas atividades. O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) reforçou o pedido. “Precisamos saber se, após o calote a milhares de vítimas, essas pessoas citadas recepcionaram dinheiro dessa empresa”, disse. Ainda conforme Gaspar, muitas pessoas investiram na Atlas Quantum pois confiavam na imagem dos artistas.

“É necessário, ainda, identificar se os investigados receberam seus pagamentos em forma de participação na sociedade ou nos lucros da mesma”, completou Bilynskyj.

O presidente da CPI, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), defendeu a quebra do sigilo. “Todos os brasileiros são iguais. Não é porque é um artista, porque é uma celebridade, porque pode recorrer aos melhores advogados que vai ter privilégio nesta Casa”. O deputado Glauber Braga (Psol-RJ), no entanto, considerou a quebra do sigilo como “prematura”. O parlamentar foi o único a criticar a ação.

A CPI

A Comissão, instalada em junho, investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 11 empresas teriam participado de fraudes com uso de moeda digital, desde a divulgação de informações falsas a promessas de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.

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