Os moradores da cidade de Cocal dos Alves, no Piauí, vêm para Viçosa do
Ceará serem atendidos diariamente, no posto de saúde localizado na
fronteira pelo lado cearense. "A determinação do prefeito Pedro da Silva
Brito é de atender a todos, independente de Estado. Mas o ônus fica com
a gente e o bônus com o Piauí", reclama o secretário de Infraestrutura
de Viçosa, Sérgio Fonteles. Fonteles cita um fato que aconteceu
no censo do ano passado para ilustrar a questão. "O pessoal de Cocal dos
Alves queria ser registrado como cearense e não como piauiense. O caso
foi parar na Delegacia de Polícia lá da cidade deles, onde os moradores
reclamaram que queriam ser anotados como cearenses. Mas os recenseadores
do IBGE, com o tal do georeferenciador, indicaram estes habitantes, que
recebem benefício no Ceará, como piauienses". São cerca de 100
famílias nessa situação que, segundo Sérgio Fonteles, vêm para o Ceará
em busca de melhor atendimento tanto na área de Saúde, como Educação. Outra
questão grave acontece entre Granja (CE) e Cocal (PI). Cerca de mil
pessoas não sabem exatamente a quem pertencem. O censo de 2010
oficialmente contou 700 para Cocal e 300 para Granja. Mas Granja diz que
estas mil pessoas vêm para o Ceará buscar Saúde e Educação. Não há,
entretanto, conflito entre os dois Estados em relação ao cadastro do
Bolsa Família. "O que recebemos aqui foram remanescentes de Martinópole e
Viçosa", informa o responsável pelo cadastro de Bolsa Família em
Granja. (DN/AVSQ).