No Ceará, por exemplo, estão sendo
feitos estudos das localidades que poderão abrigar os dez entrepostos
que o governo estadual planeja construir ao longo do trecho cearense da
ferrovia, entre Missão Velha e Pecém, que tem 527 quilômetros de
extensão. "Tão logo as obras da ferrovia estejam concluídas queremos
ter os entrepostos prontos", revela Otacílio Borges, secretário adjunto
da Secretaria de Infraestrutura. O objetivo, segundo ele, é estimular a
produção local e permitir o escoamento até o porto, para o embarque dos
produtos rumo ao mercado internacional. Os estudos estão sendo feitos
pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e definirão
os investimentos no empreendimento. A ideia é construir, inicialmente,
cinco entrepostos. Também faz parte dos planos a construção
de um ramal ferroviário ligando os municípios de Piquet Carneiro e
Crateús, uma distância de aproximadamente 200 quilômetros. O interesse
nesse projeto é grande porque beneficiaria uma região que abriga a mina
Santa Quitéria, em Itataia, descoberta em 1976, que possui jazidas de
fosfato, utilizado na produção de fertilizantes, e de urânio. A região é
rica, também, em pedras ornamentais, tanto mármore quanto granito.
Borges diz que a expectativa é de que o projeto executivo esteja
definido entre fevereiro e março do próximo ano. O início das obras
dependerá de negociações com a Transnordestina Logística S.A. (TLSA),
controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e responsável pelo
projeto da ferrovia, e com o Ministério dos Transportes. (180graus.com/AVSQ).