Esperar que o serviço se
normalize. Essa é a opção que aqueles que esperam correspondências e
encomendas dos Correios têm em tempos de greve. Desde o dia 14 de
setembro, parte dos funcionários da empresa paralisaram suas atividades. Ao completar sete dias de greve, o balanço dos
Correios aponta que, das 4,2 milhões de cartas e encomendas previstas
para o Ceará, 85% foram entregues. Os 630 mil pacotes e correspondências
que não tiveram a mesma sorte fazem falta aos seus destinatários.Um
deles é o inspetor de pintura Álvaro César Gomes de Sousa. Ele fez uma
compra no Exterior pela Internet e acompanhou o caminho da encomenda
desde o dia 22 de agosto. Mas desde que chegou a Fortaleza, no dia 13 de
setembro, a tal encomenda não foi entregue ao destinatário. Após
sete dias de espera, ele resolver ir até o Centro de Distribuição dos
Correios, na avenida Oliveira Paiva, para buscá-la. Em vão. “Aqui eles
disseram que não estão entregando as encomendas, mesmo a gente vindo
aqui. E não tem previsão”, lamentou Álvaro César, enquanto ia embora de
mãos vazias. A explicação para a volta sem avanços é a
concentração dos trabalhos internos para os serviços de triagem e
distribuição, explicou a empresa. Por isso, os Correios solicitam que as
pessoas não se dirijam às suas unidades em busca das encomendas
solicitadas. Durante o fim de semana, mutirões foram
realizados pelos funcionários que não aderiram à greve, os temporários e
os realocados de outros setores. A ação distribuiu 100 mil
correspondências e quase 5 mil encomendas.(OPOVO Onlime / AVSQ).