Massas, biscoitos e pães ficarão mais caros cerca de 10 %.

O aumento está previsto para o início de junho, de acordo com os produtores de farinha de trigo das regiões Norte e Nordeste.O motivo, segundo Roberto Schneider, presidente da Associação dos Moinhos do Norte e Nordeste, seria por causa da subida nos custos com energia elétrica, 8% a 10%, mão de obra, 6,5% a 8%, e embalagem (20%). Outra justificativa, apontada pelo presidente do Sindicato da Indústria do Trigo do Ceará (Sindtrigo), Luiz Eugênio Pontes, seria o fato de que o setor já vem enfrentando alta em diversos insumos como gorduras vegetais, embalagens e açúcar. De acordo com Schneider, as oscilações da Bolsa de Valores têm afetado muito o preço do trigo que num cenário de hoje deve fechar o ano custando entre US$ 320 a US$ 400 a tonelada. Afirma que a variação do dólar, em torno de 2% de defasagem, é pequena em relação ao preço do trigo e o câmbio em baixa não compensa. A saca de 50 quilos da farinha de trigo está custando em torno de R$ 76, R$ 78 – esses preços são praticamente os mesmos desde o início do ano.O Ceará, segundo maior importador de trigo do País, exporta de 30% a 40% da produção de farinha de trigo para outros estados. Roberto Schneider conclui que o aumento da farinha é necessário para recompor as perdas de margens que os moinhos vêm absorvendo neste primeiro semestre, e como forma de manter os investimentos e os empregos.

Com informações do O Povo e AVSQ.