Fortaleza é a sexta Capital brasileira com maior taxa de internações de crianças menores de 5 anos, por diarreias. Exatamente 195,1 hospitalizações por 100 mil habitantes. Ficando atrás de metrópoles como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte. Os dados são do Instituto Trata Brasil, uma Oscip - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público -, divulgados ontem, que teve como norte, a base de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério da Saúde de 2008. A pesquisa ´Esgotamento Sanitário Inadequado e Impactos na Saúde da População´ faz um recorte da realidade dos 81 municípios mais populosos do país entre 2003 e 2008, a partir da compilação e do cruzamento de informações sobre níveis de coleta de esgoto, taxas de internação por diarreias e custos hospitalares assumidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, o estudo revela apenas a taxa de hospitalização e não o número de ocorrências da doença no período pesquisado. O responsável pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alex Mont´Alverne informou que não esperava uma taxa tão alta, isso porque considera a cobertura de água na cidade boa, "apesar do esgotamento sanitário não ser muito bom". Os dados do Departamento de Informática do SUS (DataSUS), apontam uma queda no número de internações, isso porque em 2008 esse quantitativo era de 2.658, e em 2010 percebe-se a queda para 2.456. "Desde a adoção e disseminação da Terapia de Reidratação Oral (TRO) e do Programa Saúde da Família (PSF), observamos a redução das mortes e internações por diarreias, porém não de ocorrências da doença", observou Mont´Alverne. Quanto a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI), no Estado, a Secretaria de Saúde aponta um decréscimo nesse índice, isso com relação as doenças diarreicas. Para se ter uma ideia, em 2003 o índice chegou a 7,5 mortes para cada 100 nascidos vivos, já em 2008 esse número caiu para 2,8.
Fonte: Diário do Nordeste.